Fundação Cultural Maria das Dores Campos lamenta a partida de Marcos Fayad

A Fundação Cultural Maria das Dores Campos lamenta a partida de Marcos Fayad, importante diretor de Teatro de Goiás. Além de Diretor, Marcos Fayad também teve importantes trabalhos no setor cultural como ator e produtor cultural, além de ser um dos fundadores do Centro Cultural Martim Cererê em Goiânia.

Consagrado no Brasil por encenações teatrais históricas como Dois perdidos numa noite suja, de 1972, Martim Cererê, 1987, e Cabaré Goiano, 1988, deixará uma saudade eterna e um grande vazio na Arte e na Cultura brasileira.

Marcos Fayad, irmão do prefeito Adib Elias, é natural de Catalão e mudou-se nos anos 1960 para o Rio de Janeiro, onde cursou Psicologia (PUC-RJ). Entre 1967-75, atuou como ator e diretor no meio teatral universitário do Rio e de Petrópolis, até criar o “Grupo Engenho”, que estreou profissionalmente em 1976, com a peça “Esperando Godot” e realizou outras quatro montagens, entre elas, “Peer Gynt”, espetáculo que alcançou sucesso de público e crítica. O grupo foi extinto em 1982. Nos anos 80, Marcos foi diretor assistente e ator de séries da TV Globo. Também participou como ator em longas-metragens brasileiros, como “O homem do Pau Brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade. Dirigiu montagens onde dividiu o palco com Ítala Nandi, Paulo Guarnieri, entre outros atores conhecidos, ministrou cursos e oficinas para artistas brasileiros e latino-americanos, no sudeste e no nordeste brasileiro e em Caracas-Venezuela.

Em 1987, foi convidado pela Secretaria de Cultura de Goiás para atuar no estado em que nasceu e transferiu-se para Goiânia, onde criou e dirigiu por quatro anos o Centro Cultural Martim Cererê e montou espetáculo homônimo, com o qual apresentou-se em Dijon (França) e ganhou o Prêmio Mambembe pela Melhor Cenografia, junto a Siron Franco. À frente da Companhia Teatral Martim Cererê, fez dezenas de montagens que foram fundamentais à formação de gerações sucessivas de atores e atrizes que hoje atuam nos palcos e filmes goianos e brasileiros, tendo participado com tais peças de algumas edições do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), na Cidade do Porto (Portugal), no fim dos anos 90 e ao longo da década seguinte. O diretor da Cia. Teatral Martim Cererê teve sua vida e obra analisados pela crítica de teatro Carmelinda Guimarães, no livro “Marcos Fayad, a poética do Cerrado”, lançado em 2002. Mais recentemente, Fayad tem percorrido o circuito Rio-SP com seus monólogos – o último deles, sobre Antonin Artaud, “A realidade é doida varrida”, foi destaque em todas as grandes publicações da imprensa nacional, em 2013. A principal crítica de teatro do Brasil, Bárbara Heliodora, referindo-se a este espetáculo, afirmou que “Marcos Fayad é um dos maiores nomes do teatro nacional. Tem uma atuação bonita e elegante… enquanto ao mesmo tempo deixa transparecer cada emoção, cada dor, cada alegria, cada manifestação de humor”.

Marcos Fayad se apaixonou pelo teatro visitando os circos mambembes que visitavam a cidade. “Percebi que se podia contar uma história de mentira como se fosse de verdade. É o que o teatro sempre foi, um lugar onde se dizem verdades que são mentiras e é isto que encanta o público”, dizia esta grande figura.

Fontes:
www.portalcatalao.com.br
www.anualdesign.com.br
www.esportecultura.com.br

 

 

 

 

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