Observações da Academia Catalana de Letras – A tradição católica em Catalão

A Academia Catalana de Letras reconhece que, a tradição católica é muito forte em Catalão. É possível perceber, ao longo da história, a presença da igreja em praticamente todos os acontecimentos da região. Inclusive, nos desentendimentos políticos. Para citar um exemplo, por ocasião do assassinato do senador Paranhos, o pároco da cidade era o Cônego Francisco Ignácio de Souza que, mais tarde, receberia o tratamento de Monsenhor Souza.

Esse religioso tentou, em várias visitas domiciliares, amenizar a rixa entre os chefes políticos, intercedeu para que o bispo de Uberaba viesse a Catalão pregar a palavra entre as famílias, ministrou uma cerimônia solene, na velha matriz, em que chefes políticos presentes beijaram o crucifixo jurando compromissos de perdão e de reconciliação.

Entretanto, os ânimos estavam muito exaltados. Poucos dias depois, o terror invadiu as ruas de Catalão. Os lamentáveis fatos ocorreram em 1897. No ano seguinte, foram iniciadas as obras de construção de uma capela no alto do morrinho de São João, além do prosseguimento das obras de construção da capela N. S. d’Abadia na Praça Eugênio Jardim (hoje Praça Getúlio Vargas).

Atualmente Catalão encontra-se subordinado à Diocese de Ipameri que congrega 19 municípios de nossa região. A Diocese foi criada em 1966 pelo Papa Paulo VI e instalada na majestosa catedral do Divino Espírito Santo, construída em 1926, no estilo neo-gótico.

Desde sua fundação, diversos bispos lideraram as assembléias diocesanas de Ipameri: Dom Gilberto Pereira Lopes, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, Dom Tarcísio Sebastião Batista Lopes e Dom Guilherme Antonio Werlang. Atualmente, o bispo diocesano é Dom José Francisco Rodrigues do Rêgo. A Diocese, que completa 54 anos, possui um levantamento histórico-religioso de todas as paróquias que abriga. Um trabalho criterioso e admirável liderado pelo Pe. Murah Rannier Peixoto Vaz, atualmente residindo em Cumari. Em Catalão, a paróquia foi administrada até 1899 pelos padres diocesanos. Naquele ano assumiram os padres espanhóis agostinianos, que ficaram no comando até 1940. Foi o período em que as irmãs agostinianas fundaram o Colégio Mãe de Deus (1921), ampliando e consolidando a instituição. Em 1940, com a saída dos padres agostinianos, os diocesanos assumiram novamente a paróquia. Em 1944 chegaram os padres franciscanos, tomando a dianteira dos trabalhos, no que continuam até hoje.

Diante do rápido crescimento de Catalão, dos desafios de evangelização e das exigências pastorais, a Diocese dividiu estrategicamente o município de Catalão em três paróquias: a Paróquia Mãe de Deus (conhecida desde os primórdios da cidade), a Paróquia São Francisco de Assis (criada em 1968 por Dom Gilberto Pereira Lopes) e a Paróquia São Vicente de Paulo (criada em 2008 por Dom Guilherme Antonio Werlang). A primeira, com a jurisdição religiosa sobre a Nova Matriz; a segunda com sede na igreja São Francisco de Assis (em acabamento) e a terceira com ministério na igreja São Vicente de Paulo (Vila Liberdade).

Desse modo, fica evidente a participação da igreja católica no desenvolvimento social e espiritual do município.

FOTO: Monsenhor Souza, pároco de Catalão

FOTO: Catedral de Ipameri (1926)

FOTO: Bispo Diocesano de Ipameri

Luís Estevam

 

 

 

 

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