Uma farta produção no campo da literatura por Júlio Pinto de Mello

Todo ser humano dotado de facilidade de expressar pode fazer fluir de seu pensamento uma poesia, uma crônica ou mesmo um romance de final amoroso.

Escrever não é uma tarefa fácil, porem, é uma tarefa que requer esforço e um pouco de conhecimento, mas sobre tudo ter uma “pitada” de dom literário.

Dentro de nós há uma força oculta que nos força a escrever, que nos força a mostrar aquilo que nosso imo esconde para nossa satisfação, e porque não dizer, nosso orgulho.

A literatura, esta fada encantada, está sempre dentro da alma dos poetas, dos romancistas, estes que inventam florilégios que nos deixam enlevados.

Aqui mesmo em Catalão, há literatos de fina essência cheios de uma verve invulgar, criando o belo, através dos seus pensamentos, muitas vezes em forma de versos ou prosa.

Temos variadíssimos estilos de literaturas, das mais bizarras às mais amenas, cheias de encantamento, cheias de um misto de alegria e tristeza, cheias de mistério ou cheias de um suave idílio ao redor de um lago azul, onde pairam os sonhos dos namorados.

Dentre aqueles que mourejam na literatura, por simples prazer intelectual, podemos contar, nos ramos literários:

História – Cornélio Ramos

Crônica – Dr. Jamil Sebba

Poesia – Dr. Paulo Fayad Sebba – Elimar José Teixeira

Oratória – Prof. Antônio Miguel Jorge Chaud

Jornalismo – Dr. Cesar Ferreira

Todos da academia da A.C.L. e temos, também, no setor feminino:

Prof.ª Maria das Dores Campos – Historiadora

Prof.ª Labiba Fayad – Poetisa

O nosso mundo literário, sem poder contar com um órgão divulgador especializado, pode contar também com um Dr. Edson Democh, profundo conhecedor da literatura, do folclore, das crenças, das rezas, benzeduras, etc.

O campo é vasto, mencionar tudo aquilo sobre literatura, não terminaria nunca e cometeria injustiça deixando de mencionar outros literatos de renome até mesmo fora de nosso Estado.

Temos a literatura de Geraldo Coelho, Braz Coelho, Dr. Mauro Campos, Monsenhor Primo Vieira, uma plêiade de inteligências em vários ramos da literatura.

A literatura é como visgo: quanto mais pega, mais pegado fica.

É o mesmo que escrever cartas, no inicio é uma carta bilhete, depois, com o tempo e a pratica, a carta torna-se um trabalho mais extenso, pois, a carta, nada mais, nada menos do que literatura afetiva.

E bem verdade que temos necessidade de ler um pouco mais, para melhorar nosso vocabulário, e seguir a direção certado assunto que queremos enfocar.

A literatura é um mar profundo, um abismo, uma montanha intransponível, por isso devemos nos acautelar para que não nos percamos no seu emaranhado.

Dizem que o literato já nasce feito; discordo. Está certo que o escritor ou o poeta, têm que inventar os jogos de palavras, têm que ajuntar as peças de um quebra-cabeça, bastando para isso um pouco de paciência e constância.

Quantos jovens trazem dentro de si, escondido no peito, o desejo de escrever, mas devido à falta de um meio apropriado (jornal, radio, editora, etc) deixam que o esquecimento tome conta de seu prazer.

Falar sobre literatura requer um espaço enorme, um estudo profundo sobre aqueles que fazem da literatura o seu prazer, por isso deixo de mencionar os que no tempo passado, emprestaram a Catalão, o conhecimento dentro da poesia, do jornalismo e da prosa.

FOTO: Júlio Pinto de Mello 

FONTE: Jornal A Voz do Sudeste – ANO I – Nº 18 – Organização José Candido – Catalão, 5 a 20 de agosto de 1986 – Página 7 – Edição Especial Catalão, 127 anos.

FOTOS: Memorial Júlio Pinto de Melo