
Dirigido por Kellen Casara e Rodrigo Celestino Rocha, o curta-metragem segue ganhando destaque por sua abordagem sensível e potente sobre o racismo estrutural
O curta-metragem Casca de Ferida, dirigido pela cineasta goiana Kellen Casara e por Rodrigo Celestino Rocha, foi selecionado para o 9º Festival de Cinema de Muriaé (MG). A conquista marca a 10ª participação do filme em festivais nacionais e internacionais, consolidando sua trajetória de reconhecimento artístico e cultural.
A obra aborda, de forma poética e contundente, o racismo estrutural e as violências cotidianas vividas pela população negra. A trama acompanha Pedro, um homem negro injustamente acusado, que enfrenta o preconceito e a hostilidade de uma sociedade que insiste em julgá-lo pela cor da pele. Com uma narrativa silenciosa e sensível, o filme revela, por meio de gestos e olhares, as feridas sociais que ainda persistem.
Produzido pela Gata Preta Produções, em coprodução com a Abaute Produções, Casca de Ferida foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, operacionalizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás). Antes de chegar a Muriaé, o curta já integrou festivais como o Egyptian American Film Festival (EUA/Egito), o Leones de Fuego (Bolívia) e o 19º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões, colecionando indicações e prêmios.
Reconhecido como um dos principais eventos audiovisuais do interior de Minas Gerais, o Festival de Cinema de Muriaé valoriza o cinema brasileiro, promove debates sobre identidade e território e aproxima o público das narrativas que refletem o país real. O evento já recebeu nomes consagrados, como Lima Duarte e Paulo Betti, reafirmando seu papel na formação de público e na valorização de novas vozes do cinema nacional.
Fotos: Divulgação

