Abrigos de Cães de Catalão – Paraíso de Cães, Quatro Patinhas e Arca de Noé

Indo para o seu trabalho hoje, quantos cachorros você viu na rua? Na porta do colégio dos seus filhos, já viu algum cachorro abandonado? E nos estacionamentos de supermercados?  Portas de bancos? Tem cachorro na calçada da sua casa?

Sim, a resposta para todas estas perguntas é sim. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil tem 30 milhões de animais vivendo nas ruas, abandonados pelos seus ex-tutores. Na conta também registram-se as reproduções sem controle devido à falta de castração desses animais. Vejam bem: cachorros SÃO ABANDONADOS nas ruas, eles NÃO SÃO, ao contrário do que a crença popular traz, DE RUA. Não. São seres que já tiveram casa, família e agora estão jogados por toda a cidade. A ligação do cachorro com família é tão grande que o próprio nome científico do animal carrega muito amor: Canis lupus familiaris. Familiaris. FAMÍLIA. Enquanto estamos inertes, os animais sofrem. Sofrem muito. Sem poder falar, gritar ou até mesmo bater na porta pedindo a sua ajuda. E eles ainda têm que sobreviver às atitudes de pessoas que acreditam que a vida dos animais não tem valor. Pessoas que acreditam que animais são piores do que humanos e, por isso, merecem sofrer. É triste, mas é a verdade.

Em Catalão, a realidade não é diferente: estima-se que há 20 mil cachorros em nossas ruas. E a culpa não é NUNCA do animal. Não adianta maltratar, espantar, agredir ou matar. Além de ser crime previsto pela Lei 9.605/98, o animal só está na rua porque lá foi deixado, ele não teve culpa e muito menos escolha.

Felizmente, existem pessoas pelo Brasil fazendo algo para amenizar o problema. Em Catalão, existem 3 abrigos de cães mantidos exclusivamente por doações da população e coordenados por voluntários: os Abrigos Paraíso de Cães, Quatro Patinhas e Arca de Noé. Estes voluntários são pessoas comuns – com família, emprego, responsabilidades – que em algum ponto não puderam mais se manter de “braços cruzados” diante do problema e resolveram agir. Qualquer um pode (e deveria) ser voluntário. De maneira independente, sem nenhum auxílio público ou da iniciativa privada, os “protetores de animais” se desdobram para tentar resgatar os animais em estado mais crítico. Apesar da boa vontade e esforço, muitas vezes já é tarde e o animal morre vítima do descaso e da falta de compaixão de quem passa pelas ruas e não faz nada. Os protetores estão sobrecarregados de dívidas em veterinários e na vida pessoal (porque tiram do próprio bolso na maioria das vezes). As casas de protetores estão lotadas de cachorros em “lar temporário”. Os protetores precisam da nossa ajuda.

Os Abrigos Paraíso de Cães, Quatro Patinhas e Arca de Noé fazem um trabalho importante de valorização à natureza, à vida e à sociedade. Ignorar o apelo destas instituições é, no mínimo, irresponsável. Todos nós temos como dever zelar pelo meio ambiente. A Constituição de 1988 define em seu artigo 225 que Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. COLETIVIDADE. Ou seja, TODOS somos responsáveis pelos animais e pela natureza como um todo. É necessário apenas que se queira ajudar e que se tenha compaixão.

Como ajudar os abrigos da nossa cidade? Existem várias maneiras. Escolha uma que se adeque a sua vida e mãos à obra! É só separar uma dose de amor e boa vontade. A ajuda salva vidas. Todos ganham.

 

Seja voluntário: você pode ir ao abrigo de acordo com seu tempo. Uma vez na semana, uma vez ao mês, a cada 15 dias. O importante é a presença. A limpeza e a manutenção são importantes e só acontecem se existe ajuda! Você faz sabão caseiro? Doe. Tem cobertores, lençóis, tapetes que não usa mais? Doe. Ração? Doe. Remédios que não usa mais? Doe. Seu cãozinho cresceu ou “virou estrelinha”? Ele ainda pode ajudar outros cães – doe as “coisinhas” dele. Doe o que você tiver. Se for de coração, fará muita diferença. Vá aos eventos, divulgue as fotos dos cachorros prontos para adoção, dê “lar temporário” – qualquer espaçozinho na sua casa já faz enorme diferença para um cachorro de rua. A corrente do bem não pode ser rompida!

Seja Protetor(a): você pode se tornae a família dos cães. Tem dia fixo para ida ao abrigo, participa dos eventos, vai às consultas veterinárias, cuida da medicação e faz de tudo para juntar mais pessoas pela causa.

Seja Padrinho ou Madrinha: você doa mensalmente para um cachorrinho escolhido – o “protegido”. A doação pode ser de 10, 20 reais ou quanto o doador quiser/puder. ACREDITE: 1 real salva uma vida. Doe o que puder. Se você e seus 5 amigos doarem 5 reais, por exemplo, já são 30 reais a mais na vida dos bichinhos.

Lembrete: todas as categorias podem (e devem) visitar os cães, eles adoram visitas! 

 

Se toda a população se mobilizar, tanto para ajudar aos animais quanto para fazer pressão para que o poder público tome atitudes de preservação e apoio, o problema do abandono animal na nossa cidade poderá, sim, ser resolvido.

Quando a população se junta para buscar solução, coisas boas acontecem. Imagine uma cidade sem cachorros abandonados nas ruas. Imaginou? Agora pense no que você pode fazer para isso acontecer. Pensou? Agora é tempo de agir. Façamos! 

Quer mais informação sobre os abrigos? Entre nas páginas do Facebook e faça parte deste trabalho de preservação da vida!

Fontes:

http://www.mapaa.org.br/segundo-oms-brasil-tem-30-milhoesde-animais-vivendo-nas-ruas/

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm

https://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_225_.asp

FOTOS: Elaine Alves – Ramírez Produções / Videoclipe & Fotografia

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