Categoria: Remexendo no baú das recordações catalanas

Remexendo no baú das recordações catalanas

Uma Imprensa Sempre Ativa por Maria das Dores Campos

Conforme dados históricos reunidos através da Agencia Municipal de Estatísticas por parte dos senhores agentes Randolfo Campos, Lourival Álvares de Campos e Thales Netto de Campos, juntamente com números de jornais por mim colecionados, reunimos o seguinte relatório sobre a imprensa catalana: 1º - Goiás e Minas – Foi um órgão noticioso fundado em Catalão em 15/03/1900 que viveu até 1904. Apesar de ter colaboração de elementos de Minas Gerais, era editado nesta cidade, em oficinas localizadas na parte térrea do antigo sobrado do Senador Paranhos, onde hoje se encontra o prédio do senhor Willian Tartucci. Seu fundador foi o senhor Absaí de Andrade, que veio de São Paulo, criando aqui a primeira tipografia, com o capital do senhor Joaquim...

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Nicolau Abrão por Nair Abrão de Castro (Nazirinha)

Nicolau Abrão nasceu em Safita, Síria, no dia 15 de novembro de 1909; filho de Ibrahim Dayoub e Marta Dayoub. Viveu sua infância entre Safita e Tarture, que era uma cidade a beira mar, onde viveu com seus tios e aprendeu a nadar feito um peixe (gabava-se ele). Já rapaz com 17 anos sua família recebeu carta de seu primo David, que morava em Vianópolis-GO, dizendo que havia feito fortuna e que a América era o paraíso. Nicolau começou a sonhar e a se entusiasmar, pois era nômade por natureza e, também muito sonhador. Quis vir para a América. Sua tia Miriam, que morava na Argentina, irmã de seu pai conseguiu arrumar seu passaporte. Seu pai arranjou cinco libras esterlinas...

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Na Sociedade – Os Pirilampos no Jornal Mundo Melhor 1966

Nós, os pirilampos, malignos da sociedade que de malignos não temos nada, estamos iniciando hoje, uma série de comentários, os quais acreditamos serem de repercussão positiva. Esta é a nossa intenção e com êste pensamento em agradá-los, estamos agradando a nós mesmos. A noite merosa vai trazendo mais gente para a sala pequena. E cada pessoa chega, é um motivo para celebrármos com novos tragos. A champanhe é a dona da mesa, uma taça vazia é sempre reenchida. De Wisky, só vejo uma garrafa, porém são poucos os que sabem saboreá-lo, mas mesmo assim os copos continuam a se esvaziarem. A voz de Maysa é o que ouvimos. Os sussurros vão aumentando, a champanhe está acabando, e já...

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Crônica Moderna no Jornal Mundo Melhor 1966

Eram nove horas da madrugada. O meu relógio de pulso acabava de bater a última badalada de uma hora. Seu suave tanger fez um barulhão tremendo, acordando a todos que ainda não dormiam. Sentada à máquina de escrever, peguei a caneta e escrevi a lápis a estória de um jovem ancião, que sentado num banco de pedra feito de Madeira, calado dizia constantemente: Antes morrer do que perder a vida. Estou realmente inspirada nesta tarde fria de janeiro. Grande é a minha pressa de acabar êste plágio de minha autoria, pois faltam apenas uma semana para o Dia das Mães. Não conseguindo escrever nada que prestasse, resolvi sair. Peguei o meu automóvel e sai andando pela calçada. Mas,...

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O Dia da Vitoria por Professor Antônio Miguel Jorge Chaud

Faz poucos dias, conversei com meus alunos a respeito do descaso com que, nos dias que correm, é tratado o civismo. Realmente, nos tempos que não vão longe, ouvia-se o hino nacional a três por quatro e eram normais e costumeiras as referências, nas discussões e conversas, aos vultos históricos bem como as festividades comemorativas das grandes datas da nacionalidade. Hoje (JUNHO DE 1966), a coisa mudou. Se se deseja ouvir o hino nacional, é preciso esperar uma formatura ou coisa parecida e falar em Duque de Caxias, Tiradentes, Henrique Dias, etc. caiu de moda. Há de fato uma decadência visível e entristecedora no culto do civismo e,  para corrobar minha assertiva, haja vista ao que ocorreu no passado dia 8 de...

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CRAC trouxe para cá um campeonato

Um artigo publicado no aniversário do Catalão no final da década de 80, no Suplemento Especial do Jornal Diário da Manhã (p.10), de 20 de agosto de 1989, traz a seguinte notícia sobre o Clube Recreativo Atlético Catalano (CRAC):   CRAC trouxe para cá um campeonato   O futebol Catalano tem uma respeitável tradição no Estado, que vem desde 1923, quando ainda não havia campeonatos oficiais, mas disputavam-se torneios regionais no Estado. Depois de vencer todos os adversários da região, a equipe de Catalão veio a enfrentar Anápolis, vencendo por 2 a 0 e sagrando-se campeã da competição. O Clube Recreativo Atlético Catalano (CRAC) foi fundado no dia 13 de julho de 1931, mas começou a ganhar fala no final da década de 60, depois de...

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Jamil Sebba – Uma existência dedicada à vida

Uma vida inteira dedicada à preservação do bem mais importante para todo ser vivo: a própria vida. Essa é a melhor definição para a trajetória pessoal e profissional do doutor Jamil Sebba, que há exatamente cinquenta anos, em início de 1938, começou a exercer em Catalão a profissão para a qual recém-havia se formado. Um dos fundadores e ainda hoje integrante ocasional do corpo clínico do Hospital Nasr Fayad, um dos mais modernos do Estado, ele teve que enfrentar no início de sua carreira a precariedade de meios comum no interior brasileiro, na época, com a fibra e a dedicação de quem resolvera encarar ao pé da letra o lema de que a Medicina é um sacerdócio. O doutor Jamil...

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Wagner Estelita Campos – Um legado! Por João Enéas Bretas e Jamil Sebba

Faleceu no dia 13 de setembro passado em Brasília, um dos filhos mais ilustres do Catalão, "Wagner Estelita Campos". Se quando uma mãe perde um filho, e por ele pranteia durante sua vida, também Catalão deverá para sempre tão grande perda. Foi sem dúvida uma perda irreparável. No entanto, não foi isso que se viu. Parece que enciumados em ter de mostrar para seus conterrâneos que já houve no passado alguém que tanto trabalhou por sua terra natal, as autoridades locais deixaram passar em brancas nuvens, tão triste acontecimento. Somos dos que acham que deveriam as autoridades locais, se dirigirem até Brasília, e de lá, trazerem para nossa terra o Corpo deste ilustre catalano, e que aqui, se prestasse, a êle,...