Personalidades Inesquecíveis do Congado Catalano

Quem nasceu ou viveu em Catalão com certeza conheceu os grandes e ilustres personagens históricos que aqui viveram. Aliás, vamos combinar que Catalão sempre foi uma festa de figuras folclóricas.

A Família Blog da Maysa Abrão dedica essa matéria à todas as pessoas que deixaram memória no Congado Catalano.

 

Santilho Carlota, de Três Ranchos, Goiás, era conhecido pela comunidade catalana como Boca de Jaú. Dentro de sua simplicidade, foi escrevendo sua história junto a muitos. Adorava visitar os catalanos para saborear um bom e quente cafezinho. Ganhou esse apelido, não muito bonito, devido uma má formação do maxilar inferior que dava o aspecto de uma boca do peixe “Jaú”, assim ele conseguia encostar a boca no nariz. Não gostava de crianças e quando gritavam “olha o Boca de Jaú”, ele ficava muito bravo. Era preciso segurar, senão ele jogava pedras nos meninos. Na FOTO: Toinha (Maria do filó), Santilho Carlota e Wilson Emerenciano (Negritim). Boca de Jaú era conhecido nos ternos de Moçambique.

 

 

Boca de Jaú e as congadas

Em se falando em cordéis, figuras legendárias e personagens do nosso imaginário… Revivi momentos de infância e das memórias contadas de boca em boca dos personagens simples e esquecidos pela humanidade. Aqueles que são cordéis vivos ambulantes.

Sem ter ao certo uma morada, que vivem da caridade do povo e são hilaricamente usados para momentos lúdicos para a seguir serem deixadas no esquecimento. Pessoas que em Catalão e Ouvidor viveram uma série de anos usando trajes exóticos, fazendo parte da cultura e nem se dando conta do que representaram na identidade do povo e da cultura popular…

” Boca de Jaú” e as Congadas. Minha capa de cordel.

Foi um homenzinho de pouco mais de um metro, com uma enorme boca e um coração de ouro. Falava com dificuldades, mas, compreendia muito bem a linguagem do afeto. Fez parte da congada de Ouvidor por anos a fio e com as suas vestes brancas do uniforme bem passado e ornamentado pelas madrinhas dos ternos de moçambique ( o mais importante de todos os ternos, aquele que conduz a Santa e a Coroa) era na sua figura exibido pelo menos duas vezes ao ano. Ali na festa de Nossa Senhora do Rosário em Catalão e Ouvidor “Boca de Jaú” era figura de destaque e naquele momento se fazia igual aos direitos e atenção tantas vezes lhe negados.

por Reni Maria Jacob

 

 

 

 

 

 

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