


Mostras simultâneas “Poéticas de Subversão: Mulheres Artistas em Goiás” e “O Sertão é o Nosso Centro” estabelecem diálogo entre diferentes gerações e poéticas. Curadoria principal de Dalton Paula
O Centro Cultural Octo Marques inaugura, às 19h desta quarta-feira (12/11), duas exposições que reafirmam a diversidade da produção artística no Centro-Oeste. “Poéticas de Subversão: Mulheres Artistas em Goiás” e “O Sertão é o Nosso Centro” têm curadoria de Dalton Paula, curadoria adjunta de Melissa Alves e coordenação de Ceiça Ferreira. As mostras propõem percursos sensíveis e políticos pelo território, pelo corpo e memória, e contam com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (Pnab), operacionalizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Sobre a coletiva “Poéticas de Subversão: Mulheres Artistas em Goiás”, Dalton Paula destaca que o Sertão Negro é um território de formação e criação, onde artistas podem experimentar, refletir e fortalecer suas trajetórias. “Estas mulheres ampliam os limites da arte contemporânea goiana com coragem e sensibilidade”, afirma o curador do projeto e fundador do Sertão Negro.
Enquanto para Ceiça Ferreira, coordenadora do projeto e também fundadora do Sertão Negro, “‘Poéticas de Subversão’ “evidencia como o trabalho dessas artistas traduz experiências pessoais em ações coletivas e políticas, mostrando que a arte no Centro-Oeste é potente, diversa e engajada.”
“Poéticas de Subversão: Mulheres Artistas em Goiás” apresenta obras de Anahy Jorge, Lucélia Maciel, Manuela Costa Silva, Gabriela Chaves e Xica, artistas que desafiam padrões e estruturas históricas de apagamento, reafirmando o protagonismo feminino no campo das artes visuais. Pintura, fotografia, desenho, escultura e instalação compõem um repertório que mistura delicadeza e insurgência, abordando temas como corpo, memória, ancestralidade, espiritualidade e política.
Já a exposição “O Sertão é o Nosso Centro” apresenta obras de Âmbar Moura; Ana Paula Sirino; Augusto CEsar; Dara; Hortência Eduarda; Okun; Mestre Guaraná; Rebeca Miguel; Tor Teixeira; Walmir Elias; William Maia – artistas residentes do Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes que exploram o sertão e o interior como territórios de potência, memória e criação. Instalações, pinturas, vídeos e objetos artísticos traduzem experiências sensíveis do cotidiano, da cultura e da ancestralidade, afirmando que o interior do Brasil é também centro de invenção estética e poética.
Melissa Alves, curadora adjunta das exposições, pontua que o sertão é lugar de imaginação e invenção. “Ao trazermos o sertão para o centro, deslocamos os eixos da arte e da história, permitindo que outras narrativas ganhem corpo e voz. Além disso, a exposição reforça a importância de espaços independentes na formação de artistas e na consolidação de redes culturais locais”.
Em “O Sertão é o Nosso Centro”, o público terá a oportunidade de conhecer trabalhos que articulam território, ancestralidade e afetos, mostrando como a arte pode ser instrumento de pertencimento e transformação social. Durante o período de visitação, serão realizadas atividades formativas como oficinas e visitas mediadas, além de conversas com os artistas sobre processos de criação.
“Poéticas de Subversão: Mulheres Artistas em Goiás” e “O Sertão é o Nosso Centro” também contam com o apoio da Cerrado Galeria, da Associação Jatobá Nascente e da Brutal Fruit.
As duas exposições ficam em cartaz até 1º de fevereiro de 2026. O Centro Cultural Octo Marques é unidade da Secult Goiás e funciona de segunda-feira a domingo, das 9h às 16h (fecha às 17h). O espaço permite a entrada de animais de estimação, desde que devidamente encoleirados.
Serviço:
Abertura : Quarta-feira (12/11) – 19h
Local: Centro Cultural Octo Marques — Galeria Frei Confaloni
Endereço: Edifício Parthenon Center, na rua 4, número 515, no Centro.
Período de visitação: 13 de novembro de 2025 a 1º de fevereiro de 2026
Entrada gratuita
