Um vilão chamado Joaquim Coelho da Silva

 “Porque a pessoa pra mode brincá é preciso ter fé na Santa e ter crença. Firmá o pensamento prá Santa, porque a Santa é muito poderosa. Nossa Senhora do Rosário é muito poderosa. E nóis precisa ter fé nela, na Santa, pra brinca com carinho, com amore na Santa e no povo; amizade, porque o que manda hoje é amizade. Primeiro Deus, depois amizade, e aí o dinheiro… (risos). (Joaquim Coelho no livro Vida e Voto de Devoto de Altair Moreira Querino).

Filho de Antônio José da Silva e Perciliana Cândido da Silva, Joaquim Coelho da Silva casou-se com Alcina Cândida de Jesus com quem teve oito filhos: Lázaro Joaquim José, Perciliana, Expedito, Francisco, Maria Rosário Abisair, Aparecida e Judite.

Natural de Campo Belo, em Minas Gerais, a filha Maria do Rosário conta que a vida em Minas era muito difícil e que o pai trouxe a família para tentar a vida em Catalão. Em Minas, Joaquim era dançador das congadas sendo integrante de Vilão e trouxe a cultura para nossa cidade. Com isso, O primeiro Vilão a se apresentar em Catalão, o grupo Santa Efigênia, foi fundado em 02 de outubro de 1954, sob influência das festas realizadas em cidades mineiras.

Joaquim contou com a ajuda do segundo capitão Sebastião de Assis Vitor – Nena e de seu genro Eurípedes Severino, o “Pavão”. Capitão por mais de três décadas, Joaquim era tido como guia, pai, irmão e homem sábio. Morreu em 2002 aos 97 anos deixando o congado órfão de um grande capitão. Em Catalão, Joaquim trabalhou muitos anos para os Hummel, foi serralheiro e ao aposentar para não ficar parado gostava de capinar alguns lotes e quintais da nossa comunidade. Dentre eles, do amigo Kalil Abrao.

FOTO: Lucas Abrão e Joaquim Coelho

 

Pesquisa e produção; Maysa Abrão ano 2015, direitos reservados.