Categoria: De um passado glorioso desperta… Catalão vem viver o esplendor!

De um passado glorioso desperta... Catalão vem viver o esplendor!

MINHA TERRA por Ricardo Paranhos

Ao pé do lindo Morro da Saudade, que fica apenas a um quilômetro distante, num fresco e extenso vale verdejante, entre amenas e esmeraldinas colinas estende-se a cidade. Visto de longe, especialmente cedo, o casario branco entre o arvoredo basto e sombrio, dá uma impressão exata de que a cidade, centro e extremidades, está toda dentro de uma cerrada e viridente mata. Que amenidade de clima! De que maravilhoso panorama não goza a vista, quando lá de cima do monte, que é o mais belo adorno dessa terra, se derrama pela vastidão em torno! Para as bandas do Sul, serranias afastadas, semelhantes a fitas desdobradas, de um lindo azul... Do lado oposto Vastas Campinas cor de esmeralda, que até mesmo em pleno agosto, setembro e outubro, quando o sol se torna rubro e mais escalda, conservam sempre a mesma linda cor. Digo com todo orgulho que meu peito encerra: não há lugar, aqui no...

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Observações da Academia Catalana de Letras – A tristeza do Morrinho de São João

A Academia Catalana de Letras observa que, o alto do Morrinho de São João está muito tristonho. A paisagem que se apresenta, lá de cima, é de uma cidade deserta, melancólica e silenciosa. O barulho e o dinamismo das ruas e avenidas desapareceram. Até o latido dos cães e a cantiga dos galos provocam imensa nostalgia. Poucas vezes na história, Catalão apresentou um cenário tão inesperadamente ruim. Antigamente, quando alguma danação ameaçava a cidade, os moradores caminhavam unidos, em procissão, rumo ao alto do morro, implorando a Deus o fim da tragédia. Fosse uma seca prolongada que assolasse a região, ou uma peste que ameaçasse as crianças do lugar, ou um excesso de chuvas que inundasse o vale, a...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Fazenda dos Casados em Catalão, Goiás

A Academia Catalana de Letras relembra que, o casamento entre um menino de 7 anos e uma menina de 5 anos de idade, deu origem à Fazenda dos Casados em Catalão. No começo, a fazenda era uma grande sesmaria que foi sendo dividida entre os filhos, dando origem às famílias Mariano e Calaça, tradicionais no município. Naquelas paragens, foi encontrada a Cruz do Anhanguera, em 1914, perto de uma das sedes da Fazenda dos Casados. A história teve início nos tempos da monarquia, quando casamento oficializado, na lei e na igreja, era novidade pelo interior do país. Geralmente os casais se juntavam e "viviam maritalmente", principalmente os que moravam em lugares ermos e mais distantes. Somente quando aparecia algum padre,...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Coronéis do cenário catalano na velha república

A Academia Catalana de Letras recorda que, o poder em Catalão, durante quase um século, foi exercido pelos coronéis. Na sua maioria, homens sérios e de boa conduta que fizeram o nome da cidade ser respeitado em todo o Triângulo Mineiro e nos demais municípios de Goiás. Na época da velha república, os coronéis comandaram os destinos de Catalão, cada um a seu modo, ocupando lugar privilegiado na memória dos habitantes da região. Os mais conhecidos foram: José Maria Ayres, Antonio Paranhos, Isaac da Cunha, Salomão de Paiva Rezende, João de Cerqueira Netto, Pedro Ayres, Augusto Netto Carneiro, Alfredo Paranhos, Bento Xavier Garcia, Augusto Pimentel Paranhos e José Netto Carneiro, entre outros. Mas, Catalão virou cidade antes da República Velha,...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Inauguração do asfalto Catalão-Goiânia em 1984

A Academia Catalana de Letras recorda que, Goiânia começou a ser construída em 1934 e, somente 50 anos depois, foi asfaltada a estrada de Catalão até a capital. O fato representou um momento ímpar com impactos em toda a região sudeste que estava, até então, mais ligada ao Triângulo Mineiro do que ao próprio estado de Goiás. Na verdade, a região esteve marginalizada por um inexplicável esquecimento por parte dos governos estaduais. Catalão situava-se numa espécie de cotovelo isolado do restante do estado. A redenção veio com a pavimentação asfáltica, em 1984, e com as alterações feitas no novo trajeto de ligação Catalão-Goiânia. A medida beneficiou uma vasta região de atividades agropastoris, comércio e indústrias de mineração. Com a nova...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Arraial Catuaba, hoje a cidade Ouvidor, Goiás

A Academia Catalana de Letras relembra, mais uma vez, que o primeiro nome de Ouvidor foi Catuaba. Os moradores antigos de Catalão costumavam colher a planta, naquela localidade, para fazer misturas e infusões, na ânsia de conservar a virilidade. Ouvidor é uma cidade nova, a filha mais próxima de Catalão, tão próxima que logo irá se confundir com os nossos bairros mais distantes. Antigamente, antes de existir a estrada de ferro da Rede Mineira de Viação, que fazia o percurso até Belo Horizonte (Catalão- Ouvidor - Três Ranchos - Patrocínio - Divinópolis), praticamente não existia nada naquele planalto onde hoje está Ouvidor. Tinha apenas um vasto cerrado, coberto pela variedade de uma planta chamada Catuaba. Por isso, o primeiro nome de...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – O Ribeirão Pirapitinga

A Academia Catalana de Letras recorda, com nostalgia, que Catalão surgiu dentro de um vale muito bonito, no fundo do qual corria bravamente o ribeirão Pirapitinga. Os primeiros moradores devem ter se encantado com o relevo do local, não só pelo córrego, mas também pelas duas elevações estrategicamente colocadas pela natureza, uma ao norte e outra ao sul, batizadas de Morro da Saudade e Morro das Três Cruzes. Nesse belo cenário, viveram muitas gerações. Durante mais de dois séculos, ranchos, casas de adobe e sobrados foram surgindo paralelas ao ribeirão formando o povoado, o arraial, a vila e a cidade do Catalão. O Pirapitinga era o centro de tudo e pelo seu leito escorria a história de cada geração que habitou o...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Colégio Estadual João Netto de Campos

A Academia Catalana de Letras recorda que, Catalão resolveu investir na formação educacional dos jovens menos favorecidos construindo, no início da década de 1960, o Colégio Estadual João Netto de Campos. Até então, somente os estudantes mais abastados podiam arcar com mensalidades em curso secundário. A maioria dos alunos, ao terminar o curso primário, era obrigada a dar por encerrada a sua etapa estudantil. Na época, Catalão tinha cinco grupos escolares, além dos cursos equivalentes mantidos pelos padres franciscanos e pelas madres agostinianas. Era grande o número de concluintes do primário de ambos os sexos. Porém, centenas deles não ingressavam na etapa secundária por falta de escola gratuita. Ou seja, a cidade carecia de um colégio ginasial misto, público e...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Dona Rola e Joaquim de Araújo

A Academia Catalana de Letras relembra que, Dona Rola e Joaquim de Araújo formaram um casal bem interessante, no início do século passado, em Catalão. Ele, um imigrante português, marceneiro de profissão e dono de alguns alqueires de terra. Ela, moça catalana de tradicional família, nascida e criada na fazenda Pé do Morro. Ele, morreu assassinado e virou nome de grupo escolar. Ela, de luto perpétuo, nunca mais comungou por não perdoar os assassinos do marido. Os dois parecem ter sido muito felizes na casa em que moravam, posteriormente conhecida como Sobrado da Dona Rola. Tudo começou com a imigração portuguesa para Catalão que, por incrível que pareça, não foi tão expressiva. Árabes, italianos e espanhóis vieram para cá em número...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Morrinho de São João, o principal cartão postal de Catalão

A Academia Catalana de Letras relembra que, o principal cartão postal de Catalão é o Morrinho de São João, uma colina na entrada norte da cidade, com uma capelinha no alto. Todos os catalanos conhecem muito bem o lugar e olham, várias vezes por dia, para aquele cenário. O que nem todos sabem é que, durante mais de um século, haviam povoado, vila e cidade de Catalão, mas não tinha igreja em cima daquele morro. Muitas gerações de catalanos não conheceram a capelinha, porque simplesmente ela não existia. No final do século XIX, três amigos, de nome "João", resolveram erguer uma igrejinha no morro, em homenagem a São João Batista: João de Cerqueira Netto, João Patriarcha e João Antônio de...